quinta-feira, 9 de agosto de 2012

RELATOS DE LONDRES

Depois de alguns dias em Eire, na Irlanda do Norte, nossos personagens voltam para Londres onde entram sem maiores dificuldades pois afinal, os dois países pertencem ao mesmo bloco britânico.
Durante sua permanência neste período, eles nos finais de semana curtiam os passeios pelos majestosos parques verdes, pois afinal, em  Londres, há mais de 400 parques a disposição de todos os londrinos e também dos estrangeiros das centenas de países que por ali transitam ou mesmo moram na grande metrópole.
Fizeram dezenas de mudanças de bairros sempre à procura de moradias com mais conforto ou que estivesse mais próximo principalmente, da linha de metrôs a fim de facilitar suas idas e vindas do trabalho para casa.  Nessa época, ele trabalhava como gerente num dos vários cafés restaurantes onde percebia um salário bem compensador, enquanto ela , ganhava melhor salário ainda, gerenciando uma birosca numa estação dos metrôs em  Kensington High. O movimento é intenso e constante à procura  de dezenas de produtos os mais variados, só para ilustrar: maçãs, peras, bananas, sucos, aguas minerais de melhor qualidade, cafés, revistas, sorvetes, e etc.... e etc...
No restaurante, ele, com a prática adquirida, servia a todos os clientes com a máxima rapidez,  dando ordens e manobrando os diversos micro ondas e servindo os pratos mais variados, todos ao gosto dos ingleses.
Um detalhe de chamar a atenção pelo menos neste restaurante atual, na estação de Saint James, praticamente em frente da famosa Scotland Yard.
Era até bem corriqueiro vê-lo atendendo e no maior papo com os policiais.
Bem, por hoje é só. O meu comnputador está ainda maluco, me dando um enorme trabalho para digitar e eu não sei mais o que fazer  pois, esteve há poucos dias atrás no conserto .
Se quiserem manter contato comigo, escrevam para o meu e-mail.:
niscamonte@hotmail.com

segunda-feira, 30 de julho de 2012

INFELIZMENTE MEU PC ENTROU EM GREVE

não vou poder cumprir meu relato de hoje. Assim que consertar o pc estarei publicando.  O vírus esta me deixando perder a paciencia.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

CONTOS

AMIGUINHOS INVISÍVEIS E A FADA AZUL

24/03/98
        
Era uma vez a história de um menininho de mais ou menos 3 aninhos, muito inteligente, esperto, e como todas as crianças do mundo, tinha uma Fada Madrinha, uns dois “amiguinhos invisíveis”  e...
Bem vejamos como se desenrola a nossa história !
Um dia, quando não era nem muito frio nem muito quente, nem chovia ou fazia sol, uma mamãe estava muito atrapalhada para fazer com que seu menininho  tomasse o seu banho naquele interessante dia !
Era realmente um dia muito interessante !
Não era um dia como outro qualquer, por isso era um dia interessante !
Ela já estava cansada de tanto chamar o menininho para o seu banho.
Enquanto isso, ele estava todo sujo pelas brincadeiras que fazia em seu quintal.
A brincadeira era legal, e por isso mesmo ele esquecia que devia cuidar da sua roupa nova.
Roupa nova ?...Sim, isso mesmo ! Era uma roupa “novinha em folha”. Mas o menininho até esquecia, tão entretido  estava !...
Era tão legal brincar com seus dois amiguinhos invisíveis, o Jonzé e o Bonifácio, que até não percebia que não eram invisíveis e sim anjinhos que só ele podia vê-los !
Ué, por quê esse espanto  ?
Por acaso quando a gente é criança, a gente não costuma ter amiguinhos invisíveis ?
Claro, todos temos ou já tivemos!
E olhe, que são super legais !
Não ficam emburrados com a gente e nem dizem nomes feios.
A gente é que se esquece que eles são bonzinhos e dizemos nomes estranhos que depois  nos arrependemos.
Eles, coitados, só ficam calados num canto esperando serem chamados de novo, como se só servissem para isso !
Quando a gente brinca com os outros amiguinhos de verdade, a gente até esquece deles.
Mas eles estão sempre por perto esperando apenas um convite para entrar na nossa brincadeira, e enquanto isso cuidam para que não nos machuquemos, enfim nos protegem de tantos males que somente crianças tem tantos privilégios.
Pois bem... naquele dia muito especial, em que até o nosso amiguinho o “bicho da cachoeira” estava meio zangado...
Espera aí... eu esqueci de lhes apresentar também  o bom bicho da cachoeira !
Ele costuma morar perto de algumas casas onde as águas correm pelas pedras e fazem muitas curvas no caminho, que até parece ter uma bela cabeleira branca e espumante !
Ele procura aos pouquinhos, por onde passa,  fazer com que as crianças saibam que ele existe, que também pode ser amiguinho de todos...
E isso só depende de  cada criança que ele encontrar !!
É claro ! Pode tanto ser menino ou menina !!!
O importante para ele, é que seja criança e acredite ser possível esta amizade.
Algumas crianças demoram mais... outras menos... mas todas as boas crianças acabam por sentí-lo, e o escutam falando por entre seu cascatear espumante.
No princípio, todos pensam que o bicho da cachoeira é ruim, mas depois descobrem que ele apenas não gosta que brinquem perto de suas margens por achar esta atitude muito perigosa.
Afinal, ele não pode cuidar de todas as crianças do mundo !
Ele acha que o importante é que os meninos e meninas, o descubram nos momentos em que estão sozinhos ou com seus amiguinhos invisíveis.
Quando todos sentem que ele está por perto, é fácil manter uma conversação.
Cada um imagina seu amigo “bicho da cachoeira” como achar que deve ser.
O importante é saber que ele não é mau !
Ele é bom, gosta de ouvir e sentir crianças brincando por perto, mas sem chegar muito próximo, que é para não escorregar e se machucar de encontro às pedras que dormem em seu leito.
É, as pedras às vezes tão perigosas, são as maiores amiguinhas do bicho da cachoeira.
São elas que o fazem escorregar para diante, e fazer aquele barulhinho tão gostoso, e espumar de tanto contentamento !
Só são meio burrinhas, as coitadas...
Tem pedras lindas, redondas, pequenas, grandes... lisas.... outras ásperas...
Mas são burrinhas mesmo.
E sabem por que ?
Simplesmente porque elas também gostam de crianças brincando por perto delas, mas como são muito duras, às vezes as crianças se machucam quando batem de encontro à elas.
Bom mesmo, sabem o que é ?
É poder se sentar perto das cachoeiras, apreciar suas lindas pedras, suas águas cristalinas, mas não entrar dentro de suas águas !...
As crianças devem deixar isso para os adultos que já são bem crescidinhos, bem... Ah, deixa prá lá !
O menino de nossa historinha,  de quem vínhamos falando...esse mesmo !
O tal que é amigo do Jonzé e do Bonifácio...seu nome é...
Ah, sim ! O nome dele!
É o Gu... é... Gu de Gustavo, oras !
Pois bem, ultimamente deu para se sujar e demorar para  tomar seus banhos.
Mas, como ele sempre foi um menino muito bonzinho, então sempre aparece alguma coisa diferente para ajudá-lo a melhorar seu  comportamento.
Hoje, adivinhem quem foi que ligou lá para a casa do Gustavo ?
Não adivinham ?
Tentem, é só uma questão de boa memória.
Memória ? O que é isso, hein ?
É a gente se lembrar de que mesmo quando fazemos artes, sempre tem alguém... um amiguinho de verdade, de mentirinha, enfim, sempre tem alguém ou alguma coisa que nos ensina a não sermos  mal educados e grosseiros...
Bem, como eu dizia... quem telefonou para o Gustavo, foi uma fada...
Ela disse que seu nome era Fada Azul ! É o mesmo que Fada Madrinha, só que esta tem nome de cor, ou seja, chama-se Azul.
Sua voz, é bem fininha, e bem gostosa de se ouvir.
Quando Gustavo pegou o telefone para atender, o diálogo foi mais ou menos assim:
 Gustavo - Alô...alô...
 Fada  - Quem fala aí do outro lado da linha ?
 Gustavo - (meio mudo sem entender bem do que se tratava)... A... lô...
 Fada  - Ôi, Gustavo... é o menino Gustavo, não é ?
 Gustavo -  É... ( e não pronunciou mais nada de tão surpreso que estava ) 
 Fada  - Está com medo de falar ao telefone, está ?
Ainda sem entender como podia alguém ter uma vózinha  assim tão fininha, ele continua mudo e muito curioso.
 Fada   - Fala, Gustavo. Aqui é a sua Fada Azul, viu ?
 Gustavo - Fada ?
 Fada -  É... a sua Fada Azul... (como ela não ouvia nada do outro lado da linha, então procurava conversar a fim de deixar o menininho mais à vontade, mais sem medo) Não sabia que você também tem a sua Fada Azul, a sua Fada Madrinha ?
Gustavo - ... Não... O menininho Gustavo não sabia !!!...
Fada - Mas tem. E eu estou aqui para conversar com esse menininho bonzinho que se chama Gustavo... (do outro lado da linha telefônica nenhum leve suspiro se ouvia )...  -  O que você estava fazendo quando sua mamãe o chamou para atender o telefone ? Estava brincando, é ?
Gustavo - Estava.. Eu estava lá embaixo brincando com os meus amiguinhos (disse ele, já mais à vontade)
Fada - Seus amiguinhos, é ? E quem são seus amiguinhos, posso saber ?
Gustavo - Pode...
Fada - Então me diga.... quem são ?
Gustavo - Um é o Jonzé... e... e... (cala sem terminar, parecendo esquecer o nome do outro amiguinho)
Fada - Como é o nome do outro amiguinho ? Um é o Jonzé, já sei... e o outro... é  o ... o ... (diz a Fada procurando forçar a memória do menininho)
Gustavo - É  o Fácio... é... é o Fácio.(disse de sopetão)
Fada - Fácio ? Mas a Fada não conhece ninguém com esse nome... Será que o Gustavo não está esquecendo o nome ? Será ?
Gustavo - É o Boni... lembrei agora... é o Boni...(faz uma pequena pausa para tentar lembrar de alguma coisa que estava esquecendo) ...não, não é... é... o Bonifácio ( e assim ao lembrar o outro nome do amiguinho, dá um pulo de contentamento lá do outro lado da linha telefônica)
Fada - Ah... é o Bonifácio, então, é ? Que nome bonito para ser um amiguinho de um menino tão bonzinho, não  é mesmo ?
Gustavo - É... ele também é bonzinho que nem o Gustavo... é mais bonzinho que o Jonzé. Mas eu gosto muito do Jonzé também. Sabe... o Jonzé, fica bravo comigo quando eu brigo com ele. Mas eu não me importo... eu tenho o outro meu amigo Bonifácio, sabe Fada Azul ?
Fada - Sei, sei, mas não deve brigar tanto com seu amiguinho, o Jonzé ...ele coitado, gosta tanto, tanto de você, Gustavo ! ... Afinal, não é ele que brinca com você, quando seus outros amiguinhos de verdade não estão aí com você  ?
Gustavo - É... mas eu brigo com ele, sim ! Ele não gosta do meu amigo, o "bicho da cachoeira", só o Bondifaço !
Fada - Não é Bondifaço... é Bonifácio... Boni...fácio...Bonifácio...(repete calmamente a paciente Fada Azul)
Gustavo - Sei, sei... já sei... (disse cortando o assunto e mudando para outro) Ó Fada Azul, sabe... o "bicho da cachoeira" disse pro Gustavo não brigar com os amiguinhos, e eu não vou mais brigar, sabe ?
Fada - Sei. E faz muito bem. Amigos são feitos para cultivar as amizades, ser educados, não dizer palavrões e dar ouvidos aos conselhos quando estes são bons. Quando não são bons, não se deve escutar, viu Gustavo ?
Gustavo - (repete muito educadamente) Viu !
Fada - Bem... por hoje é só.... a Fada tem que visitar outras crianças   !
Gustavo - Outras crianças ?
Fada - É. Tem mais crianças que são amigas da Fada Azul.... por isso eu vou desligar, mas voltarei a ligar para você, viu ? Só me prometa uma coisa, está bem ?
Gustavo - (mesmo sem saber o que estava prometendo, confirma) Prometo !
Fada - Vá tomar seu baiinho para trocar esta roupa tão suja... Sempre que se sujar, tem que tomar seu banho para estar sempre limpo e cheiroso. Não faça a mamãe esperar, viu ? Quando ela chamar de novo, vá logo... assim sobra tempo para fazer outras coisas... assistir televisão... brincar com seus brinquedos... desenhar... e...
         Gustavo - (impaciente) Tá... tá Fada Azul !... Amanhã então você fala comigo de novo, tá bom ? (e assim dizendo, deixou o telefone pousar no gancho sem se despedir da sua nova e querida  Fada Azul).
Assim era o nosso menininho Gustavo.
Menino muito bonzinho, mas muito afobadinho. Já deu para se fazer uma idéia.
Quando ele quer alguma coisa, quer, e agora mesmo.
Seu papai e sua mamãe estão passando trabalho com ele.
É bom que ainda existam Fadas Madrinhas e amiguinhos invisíveis de mentirinha...
São eles que conseguem falar ao coração das crianças quando elas não ouvem seus papais na hora em que isto se torna necessário !

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O menininho saiu em disparada, ansioso para contar a grande novidade para sua mamãe !
         Mamãe - Quem era ao telefone, meu filho ? Alguma namoradinha ?
Gustavo - Não mãe !... Era.... era ... a minha Fada Madrinha... a Fada Azul !...
Mamãe - Fada Azul ? Fada Madrinha ?...
Gustavo - É, a minha Fada Azul, mamãe !
Mamãe - Me conte direito esta história !
Gustavo - Ela disse que vai ligar amanhã de novo e que... (diz entre afobado e ansioso)... eu sou um menininho muito bonzinho, viu mamãe ?
Mamãe - Puxa, então essa Fada Madrinha ou Fada Azul, não sei ao certo, gosta muito de você, porque nem sempre você é um menininho bonzinho, às vezes... me dá um trabalhão para fazê-lo tomar seu banho ... e também não escuta quando sua mamãe o chama, e outras coisas mais...
Gustavo - Mas eu sou bonzinho, mamãe ! E eu prometi prá ela que não vou mais brigar com o Boni e nem com o Jonzé !
Mamãe - Isso é muito bom, muito bom mesmo ! Afinal, eu também não gosto de ver você maltratando seus amiguinhos, sejam eles de verdade ou de mentirinha, viu  meu filho?
Gustavo - Viu !
Mamãe - Agora vamos ver se o nosso menininho realmente é bonzinho. Vamos tomar nosso baiinho, vamos ?
Gustavo - Eu chego primeiro que tu, mamãe ! (disse ao mesmo tempo que saia em disparada em direção  às escadas rumo ao banheiro do andar superior)
A mamãe, entre ocupada com a tarefa de pendurar roupas no varal, e pensando nas palavras que ouvira pouco antes, fica a olhar a figurinha sumir de suas vistas, não acreditando que iria dar o banho  sem ter que apelar para tudo quanto é  argumento.
Lá em cima, enquanto os dois, mãe e filho se divertem na tarefa de tomar banho, ouve-se perfeitamente o borbulhar alegre da cachoeira e até parece que dá prá se ouvir um coro afinadíssimo cantando:


              Felicidade... felicidade !     Ah ! Felicidade !  Como é bom ver e ouvir a doce voz deste tão lindo menininho, em sua terna e linda idade !!!     


FIM
15 DE OUTUBRO 2003  - novembro 2004

segunda-feira, 23 de julho de 2012

1º RETORNO AO BRASIL

Com a saudade fustigando seu coração, nosso herói retorna porém sem esmorecer sua vontade de conhecer à Inglaterra.
Aqui, voltou a trabalhar na antiga profissão e adquiriu primeiramente um automóvel Fiat 147 Europa muito bonito por sinal.
Com o passar dos meses, cismou de comprar também uma moto Yamaha, veículos estes que apaziguaram momentaneamente sua grande vontade de voltar para o estrangeiro.
Ganhando razoavelmente bem, levava uma boa vida com a liberdade que só nós os brasileiros sabemos desfrutar.
De namoro em namoro, eis que conheceu uma moça vizinha de bairro e passaram a curtir um namoro aparentemente tranquilo.
Descobriram que partilhavam de muitos e muitos prazeres e gostos; principalmente o gosto pela aventura de viajar.
Ele lhe contou as belezas do mundo lá fora, mundo este tido como 1º mundo, e ela logo se encantou e passou a sonhar com o dia em que poderiam juntos desfrutar deste mundo maravilhoso.
Mais alguns meses aqui no Brasil, e após uma falsa confirmação de gravidez, ei-los casando somente no civil.
Vendendo tudo o que ele possuía, lá estavam os dois com passagem comprada para alguns dias após o casamento.
No momento a passagem mais barata para Espanha era da Lan Chile. Segundo eles, um avião prá lá de velho.
E assim puseram-se à caminho, primeiramente com o cortejo de toda a familia dele junto à rodoviária de Florianópolis. A família dela nem sequer participou do casamento no cartório... As razões até hoje permanecem sem explicações.
Em São Paulo, embarcaram na aeronave da Lan Clile rumo ao país cujo nome não é nenhuma novidade. Durante o trajeto até o Chile, sofreram vários sustos devido as precipitações de altitudes e principalmente pelos sacolejos provocados numa velha aeronave.
Chegaram à Madri e imediatamente após rápidas olhadelas por parte da cidade, compraram passagem pelo trem rumo à Barcelona.
Lá chegando, dirigiram-se ao último restaurante em que ele havia trabalhado da última vez onde por sorte havia seus velhos conhecidos de antes.
Foram só abraços e mais abraços e finalmente veio o pedido para trabalho naquele local.
Conseguiram de imediato colocação para lavagem de pratos (uma enorme pilha sempre constante; ela conseguiu a tarefa de enfeitar os pratos que seriam servidos às mesas).
E assim o fizeram até o momento em que decidiram partir para o destino almejado. Antes porém, ele usou nova estratégia e resolveu que iriam para a Irlanda do Norte e de lá para Londres.
Assim o fizeram e tiveram sorte que na chegada ao aeroporto de Heatrow sua chegada não causou nenhum espanto como era de se esperar. Foram liberados com muita facilidade. Até parecia que os céus conspiravam a favor!
Bem em Londres finalmente, seus sonhos tão almejados estavam para serem realizados. Foram de imediato ao endereço do casal que moraram no bairro deles aqui em Floripa.
Por vários telefonemas anteriores, instruíram como fazer para chegar até Londres. Só que da primeira tentativa não passou do porto de Dover como já relatei; isto porque houve inúmeras falhas no transcurso da viagem.
Pois bem, neste momento estavam os dois em frente ao edifício procurando pelo apartamento número tal, onde pretendiam conforme o combinado mesmo após passados alguns anos, conseguir provisóriamente uma pousada e indicação para emprego, pois conforme dissera seu amigo, era fácil pois já estavam residindo nesta cidade há vários anos e muito bem estabelecidos.
Qual não foi a surpresa, que após ouvirem vozes dentro daquele apartamento, tocaram a campainha e fez-se um silêncio onde poder-se-ia ouvir uma pena de ave caindo no chão! Nada de atenderem à porta. Insistiram, insistiram e nada!
Tudo desmoronou-se naquele momento, pois estavam num país estranho culturalmente e sem mais nenhum conhecido que os pudesse indicar algum trabalho e principalmente moradia provisória que fosse.
Perambularam pelo bairro, sentaram num banco da praça e puseram-se a planejar os próximos passos.
Ele em seu parco inglês, procurou comprar algumas libras num banco próximo e após saciarem sua fome, procuraram por emprego em pequenos restaurantes.
À princípio ofereceram serviço de lavação de pratos. Seguiram em frente esperando melhores ofertas. Já entardecendo, cansados e novamente com fome, pensaram melhor e concordaram que aceitariam qualquer coisa pois tudo era muito caro e não tinham dinheiro para tantos dias sem emprego.
Nova tentativa, e desta vez, aceitaram de bom grado a oferta e principalmente pelo fato de já poderem ter o direito de se alimentarem gratuitamente.
Com certa dificuldade em se expressar, à muito custo conseguiu a oferta para dormirem só aquela noite num cantinho apertado nos fundos do restaurante.
Aliviados, dormiram com certa facilidade e cedo após a primeira refeição , dirigiram-se ao endereço fornecido pelo gerente da casa, o qual era de um hostess.
Por três dias conseguiram confirmação de poderem usar um quarto. Depois deveriam tentar diariamente até que surgisse nova vaga, tal era o movimento daquele estabelecimento.
Retornaram ao restaurante, executaram suas tarefas com bastante afinco e assim se passaram os 3 dias.
Nesse meio tempo, novamente a sorte ajudou a ambos pois conheceram brasileiros que ofereceram pousada em troca de participação no aluguel.
O mundo era todo maravilha. Trabalhavam muito, e nos domingos desfrutavam dos passeios nos 44 enormes parques verdes da cidade (é o país com maior número de parques verdes do mundo).
Após curtirem por inúmeras vezes alguns dos parques mais tradicionais como: Green Park, Hyde Park, Richmond Park, Saint James Park, Kensington Park, Victoria Park e Regent Park, eles se voltaram para conhecerem outros países como: Paris, Bélgica, Holanda, Portugal, sem deixarem de conhecer dentro da própria Grã-bretanha, a cidade mais longínqua ao norte  como Escócia .
Cansados de tanto conhecerem os países acima, combinaram de passarem uma semana na Irlanda. Passagens compradas e lá se foram os agora dois aventureiros.
Acontece que de cabeça quente de tanto trabalhar, agora num confortável cargo de gerente, ele comprou passagens para Irlanda do Sul em lugar de Irlanda do Norte.
Esquecera que os dois países eram inimigos de relações cortadas. À bordo dum belo navio, lá se foram eles e nem perceberam que seu sotaque agora bem londrino era olhado com certa animosidade pelos irlandeses.
Alugaram quarto num hostess próximo e foram fazer compras num supermercado quando recusaram suas libras. Mas por quê? Não são todos pertencentes ao Reino Unido?
Não! Nada que seja inglês entra em nosso país!
Ai que enrascada nos metemos, hein? dialogaram os dois.
Tiveram que trocar seus poucos dólares pela moeda local e só depois foram até o caixa de um banco.
Para aumento da surpresa, não puderam sacar nenhuma libra para efetuar troca.
E agora? Os dólares estavam se esvaindo, e como voltariam para Londres?
Teve a idéia de telefonar para a casa dos pais, os quais prontamente iriam depositar certa quantia numa caixa de correio. Ao mesmo tempo, seu pai, aconselhou-o a tomar um ônibus regular com destino à Irlanda do Norte que passariam desapercebidos. Assim o fizeram, ao mesmo tempo em que pediu a suspensão da remessa de dinheiro, pois achou o plano muito bom.
Passadas algumas horas, ligou para a casa dos pais e anunciou que graças à Deus, já estava em solo Irlandês onde pode sacar
suas preciosas libras esterlinas.
Bem, espero que estejam gostando desta história confirmando sua participação na leitura. Até o próximo dia 30 de julho.

terça-feira, 17 de julho de 2012

RETORNO DO PORTO DE DOVER (INGLATERRA)

     No percurso de volta de Dover à Calais, nosso amiguinho foi escoltado por dois policiais até o posto de fronteira francês.
     Lá foi entregue aos policiais franceses que queriam saber o motivo de tal expatriação. Como nada havia contra, e pela demora na liberação, nosso personagem "ferrou" num sono sem igual, deitado sobre um banco existente naquele espaço. Passado umas três horas, deram ordens para que tomasse um trem de volta à Paris. Assim o fez de imediato, sem antes comprar uma coca-cola e umas bolachas pois seu dinheiro estava encurtando rapidamente e tudo que pedia em seu parco francês era muito caro. Pois bem, rumou para Paris onde permaneceu por mais três horas. Comprou passagem para Barcelona onde tinha os endereços daqueles brasileiros encontrados em Madri, conforme já mencionei anteriormente.
     No trem viajou mais ou menos quatro horas quando sentiu que algo estava errado pois as cidades percorridas não eram as mesmas quando se dirigiu na ida.
     Com muita dificuldade perguntou ao chefe do vagão se aquela composição iria para Barcelona. NÃO. Estava se dirigindo ao outro extremo do país. Rapidamente entendeu que deveria saltar na próxima cidade e aguardar nova composição com destino à Barcelona. Foi o que fez incontinente. Já eram altas horas e aguardou sozinho naquela estação deserta,  por mais quatro horas, pelo próximo trem.
     Que felicidade, saber que agora poderia pedir ajuda aos novos conhecidos em Barcelona.
     Ficou maravilhado com a beleza da arquitetura catalã.
     Sem descansar um minuto sequer, foi ao primeiro endereço escrito em sua agenda. Perguntou agora em seu modesto espanhol, ao garçom daquele restaurante, pelo nome de fulano. Como a resposta não o satisfez, arriscou um segundo nome e desta vez acertou. Disse o garçom que iria chamá-lo imediatamente.
     Lá ao fundo do imenso restaurante, vislumbrou um vulto, sem no entanto saber se era o brasileiro ou outro espanhol qualquer, pois seu contato fora muito rápido naquele dia em Madri.
     O jovem perguntou num bom português se queria falar com ele.
     É claro, sim, sim. Nosso jovem, estava exultante de alegria por finalmente encontrar um dos brasileiros e foi se identificando como sendo aquele do encontro tal e tal...
     Esclarecidas as dúvidas, foi convidado a comer alguma coisa pois certamente estaria com fome. (se estava?!)
     Resumindo, seu novo parceiro apresentou-o ao gerente da casa, conseguiu de imediato um serviço de lavador de pratos.
     Em seguida, ofereceu para abrigá-lo onde morava: um comodo de duas peças onde haviam mais três brasileiros, os mesmos do aeroporto em Madri.
     Trabalhou por quatro meses neste restaurante, quando um dos outros colegas ofereceu-lhe emprego com salário melhor em outro restaurante,  próximo dali. Todos os restaurantes ficavam à beira mar desta cidade maravilhosa. 
     Um fato curioso que chamou sua atenção foi descobrir que naquela praia onde haviam vários chuveiros, as senhoras e senhoritas se banhavam de topless, algo normal naquela região. De repente se deu conta que só ele é que ficava extasiado diante de tantos seios à mostra.
     Logo acostumou-se e não deu maior importância a este costume.
     Outra coisa, pagavam pouco pelo serviço estafante e tinha que trabalhar por 12 horas diárias. Voltava para casa, um bairro mal afamado, sempre depois da meia-noite e com frequência havia batida policial, algo muito comum, até em salas de cinema. Como seus documentos estavam em dia, nada precisava temer.
     Assim passaram-se quase seis meses, quando a saudade do  Brasil foi mais forte, e, deu adeus aos amigos brasileiros e aos novos amigos espanhóis e rumou de volta ao Brasil!
Nosso relato continuará dia 23 próximo. Até lá.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

2ªa Parte do Relato da Odisséia do Jovem de 19 anos Rumo à Londres

     Do aeroporto de Guarulhos nosso jovem personagem segue rumo à Espanha, mas sempre fazendo parte do plano para entrar no Reino Unido.
     E como tal, assim que pousou em Madri, teve a sorte de encontrar quatro brasileiros que moravam em Barcelona. Foi aquela satisfação que só conhece quem viaja por outros continentes, é quem sabe do prazer em encontrar um conterrâneo e poder falar sua própria língua. Trocaram endereços, nomes, procedência no Brasil e etc...
     O jovem contou-lhes sua intenção e que tinha um casal de amigos do bairro em que morava, no Brasil, e instruído pelo tal amigo de infância estava executando exatamente o itinerário ensinado pelo mesmo.
     Assim fazendo, rodou por Madri durante dois dias ( e por que não, uma semana e mais três dias em Paris?), comprou passagem para o trem expresso, a fim de cruzar a França de sul à norte. Foi uma viagem inesquecível, onde pode usar seus parcos conhecimentos da língua francesa (afinal estudara o básico de espanhol, francês, e inglês), a qual, há muito custo e sofregadamente, permitiu-lhe expressar-se o suficiente para atravessar o país de uma ponta à outra.
     Chegando ao extremo norte,  em Calais, embarcou num enorme ferrybout, no qual atravessou o Canal da Mancha rumo ao Porto de Dover (ao sul da Inglaterra).
     Antes de continuar minha narração, vou detalhar alguns aspectos onde nosso jovem viajante pecou no excesso de previdência, ou seja, primeiramente, a mochila que carregava às costas era tão grande que mais parecia um vagalume, pois ultrapassava sua cabeça em 40 centímetros. Era rizível aquela figura ávida por chegar ao destino tão sonhado desde seus 14 anos.
     Pois bem, dentro da mochila havia um bom estoque de roupas para o frio, remédios suficientes para três meses, de qualquer resfriado, dor de cabeça ou calmantes para aliviar sua ansiedade. Quando foi prestar informações a respeito do porquê estava pisando em solo inglês, disse que estava de passagem pela Europa, foi conduzido à uma sala onde abriram sua grande mochila e constataram que sua história não era verdadeira dado ao grande volume de tudo que ali havia.
     Mostrou os $3.000 dólares, e em seu péssimo inglês rogou por todos os santos brasileiros, chorou, chorou e nada de condoer os fiscais alfandegários. Após seis horas dentro daquela sala, explicaram em seu inglês clássico, que iriam deportá-lo de volta ao seu destino.
     E assim fizeram, acompanhando-o de volta ao porto, acompanhado de dois policiais designados para embarcá-lo no próximo navio ferrybout.
     Que azar danado, hein? Afinal o máximo que conseguiu foi pisar em solo inglês no porto de Dover.
     E agora, pensou desesperado, nosso jovem aventureiro.
     Dentro do navio, pôs-se a planejar seu próximo destino...
     Bem, a continuação deste relato, ocorrerá novamente na próxima segunda feira dia 16. Até lá, no aguardo de seus comentários, obrigado.


segunda-feira, 2 de julho de 2012

inicio de um sonho cheio de muitos obstáculos.


O personagem desta história mirabolante tinha 19 anos quando resolveu economizar para a viagem dos seus sonhos: Londres.
O que fez: contratou rapazotes nas praias de Canasvieiras e Ingleses para venderem cervejas em lata e refrigerantes. Tudo normal não fosse a chegada dos fiscais de praia e era aquele corre-corre para não perder a mercadoria.
Com o dinheiro arrecadado, investiu no aluguel de uma barraca na festa da laranja na Trindade. Para tanto convidou um primo para auxiliá-lo no atendimento. Iam de vento em popa, porém numa daquelas noites de muito movimento, surgiu um "elemento" oferecendo uma barbada. Confabularam, calcularam o lucro na venda do produto e com muito cuidado passaram uma boa bolada em troca da "mercadoria".
Depois de escondê-la na barraca, começou o inferno de quem não tem prática nestas coisas. Já não atendiam mais ninguem direito, só ficavam de olho na multidão, enxergando policial por todos os lados! Prá aumentar a tensão, o "elemento", achega-se ao balcão e com ar assustado deu conselhos para que eles escondessem a mercadoria de imediato pois ele achava que a polícia iria bater ali em breve.
Um deles saiu rapidamente com algo escondido na barriga e se embrenhou num pasto ali próximo onde ao pé de uma frondosa árvore guardou o pacote sem antes cobrí-lo com todos os galhos secos e quebrados ali existentes.
Terminado a festa daquela noite, foram ambos ao local com muita prudência pois seu capital estava lá escondido! No escuro não vislumbraram nenhum vulto que pudesse oferecer perigo aos dois. Saíram rapidamente faceiros planejando como fariam para se desfazer da droga e usufruir do lucro.
Aí surgiu o primeiro impasse: ambos nunca haviam se envolvidos em nada parecido. E agora como fazer sem que ninguém os entregasse à polícia.
Acharam um local que oferecia segurança e abriram ávidamente o pacote.
O que encontraram? Bosta de vaca seca!!!
Bem o dinheiro se foi, o tempo urgia, pois a passagem para Londres estava marcada para  a próxima semana. E agora? Precisava $3.000 dólares  para apresentar no aeroporto de Heatrow como prova de garantir sua estadia pelo menos 30 dias naquele país. Resultado: através da mãe, o pai soube que ele não possuía a quantia exigida. O pai, homem honrado, porém sem capital para este investimento, optou por empréstimos em 2 bancos locais a fim de levantar a quantia necessária.
A família muito unida, deslocou-se para São Paulo até o aeroporto de Guarulhos e deu a despedida ao jovem mancebo.
Bem se houver interesse, continuarei a história real na próxima segunda feira dia 09 de julho próximo.
Até lá!

domingo, 1 de julho de 2012

SONHADOR...

e assim sonhando, vou contando as peripécias 

de um menino muito maluquinho que foi 

buscar seu sonho em Barcelona, 

Principado de Andorra, 

Portugal, Escócia, Londres, Nova Zelândia... 

só não me recordo de quando foi que ele

 parou de sonhar.